Narrado por Melissa.
Junho havia chego, trazendo o frio, e o 6º mês de vida da minha filha. Nicole vinha correspondendo bem as estimulações o que nos deixava bem animados. Luan havia saído mais uma vez em turnê, desde que ele havia ficado sabendo que estava indo ao psicólogo, ele viva perguntando se estava bem, se sentia algo. Mas confesso, desde que voltei a dançar as coisas haviam mudado, eu me sentia bem, dançar me fazia bem, minha família me fazia bem.
— Mel — Lígia chamou minha atenção assim que entrei em casa — Nicole está queimando em febre. — havia acabado de chegar da academia, me preocupei, isso não era normal.
— onde ela está?
— eu dei um banho nela na tentativa de abaixar sua febre, mas não melhorou, tentei ligar para você, mas seu celular estava aqui.
— tudo bem — subi as escadas correndo praticamente, e entrei no quarto da minha pequena. — o mamãe, tá dodói?
— querida — minha sogra entrou sorridente no quarto — como estão?
— estou doente vovó.
— vai levá-la na pediatra?
— vou sim sogra — sorri, pegando meu celular atrás do número da doutora Daniella.
— já deu um banho nela? — ela veio até mim passando as mãos no rosto da neta — ela está queimando em febre Melissa.
— Lígia já deu um banho nela antes, e isso me preocupa sogra.
— você sabe se ela já deu algum remédio?
— ela não me disse — suspirei, ligando para a médica. Demorei apenas alguns minutos na ligação. — é pra eu levá-la as 17:30.
— que que eu vá com você?
S/n: não vai atrapalhar a senhora?
— imagina, me dê a Nick aqui, e vá tomar um banho.
— não demoro — sorri forçado e fui para meu quarto afim de tomar um banho rápido. Por ser 11:00hrs resolvi não acordar Luan com isso, ele precisava descansar, havia feito um show em um festival grande, não queria o preocupar, poderia ser apenas um resfriado.
— vamos almoçar lá em casa? Vocês passam a tarde comigo e com a Bruna, depois vamos a consulta.
— tudo bem — peguei minha bolsa com uma troca de roupa, e mais a bolsa de Nicole com suas coisas e uma troca de roupa para o Breno.
Narrado por Luan.
Acordei por volta das 16:40 com alguém batendo na porta, no começo pensei que era um dos meninos me chamando para ir até a academia, mas me enganei. Era Eduarda, uma modelo que havia ficado na minha época de solteiro.
— uai sua louca, o que faz aqui?
— soube que você estava no Rio de Janeiro, e claro, não ia perder essa oportunidade.
— Eduarda, nosso lance acabou faz anos já, eu até casado estou, com uma família linda — sorri lembrando dos meus amores.
— qual é Luan? Você nunca fez a linha homem de família.
— eu conheci o amor Eduarda, ele muda as pessoas e me fez se tornar homem de família. Tenho uma esposa maravilhosa e dois filhos que são o presente mais que lindos que podia ganhar.
— até mesmo a problemática da sua filha?
— respeita minha filha sua suja — revirei os olhos.
— me poupe Luan — ela se deitou na cama me olhando — a quanto tempo você não transa? 1 ano? — ela se sentou na cama — que decadência.
— minha vida particular não te diz a respeito, aliás — abri a porta — sai por favor!
— poxa cantor — ela se sentou na cama — vem aqui, vamos lembrar dos velhos tempos.
— qual parte do eu sou casado, amo minha mulher, meus filhos, você não entendeu? — estava começando a ficar sem paciência.
— uma mulher que não transa com você a 1 ano — revirei os olhos, não tinha tanto tempo assim, 1 semana talvez. — um pirralho, de 3 anos, que deve te infernizar quando chega das viagens cansado, e uma problemática, a criança não tem nem 1 ano, e já dá trabalho para os pais, imagina quando ...
— some daqui e agora! Não vou aceitar você falando assim da minha família — já estava alterado, cadê o Negão quando se precisa?!
— não fica bravo amor — ela se levantou vindo até mim — é só a realidade — tento passar as mãos em meu rosto mas eu não deixei.
— não sei como pude te dar corda para escutar essas merdas que você fala — revirei os olhos — vaza daqui — apontei para porta que continua aberta.
— não quero ir amorzinho.
— você não tem escolhas cacete, ou some daqui, ou eu chamo os seguranças, vai ficar lindo para uma pessoa pública como você — revirei os olhos.
— não se preocupa benzinho — ela beijou meu rosto — até algum dia — saiu do quarto rebolando e eu bati a porta com uma certa força.
— tá louco em? Pelo amor de Deus! — me joguei na cama, encarnado o teto. Era cada louca que me aparecia.
— Luan? Borá comer?
— borá cara, deixa eu pegar meu celular aqui. — peguei meu celular sobre a mesinha, e notei que tinha 10 chamadas do número da Melissa, e mais 7 da minha mãe. — uai — me preocupei e logo retornei para minha esposa. No 3º toque ela atendeu. — oi meu bem.
— Luan — sabia que ela chorava — vem pra cá, por favor.
Luan: se acalma Mel, me conta o que está acontecendo.
— a Nick amor — seu choro era forte, aquilo me cortava o coração.
— o que tem nossa pequena?
— ela, ela — escutei minha mãe falando com ela no fundo.
— filho. — sua voz era uma mistura de espanto e preocupação.
— mãe pelo amor de Deus, o que está acontecendo?
— a Nick, filho — ela suspirou — foi levada para a UTI Pediátrica — senti meu ar faltar, minha pequena, pelo amor que tens por mim, meu Deus. — ela está com pneumonia, e diagnosticaram também brocoespamos e o hemograma da pequena estava muito alterado. — engoli seco, eu precisava voltar para São Paulo, e agora.
— eu vou cancelar o show aqui, e já vou pra aí — desliguei o celular, e corri até o quarto ao lado que era o de Rober. — Rober cara, pelo amor de Deus — senti meus olhos queimarem — eu preciso ir para São Paulo.
— pirou foi? Você tem show daqui algumas horas.
— você precisa me ajudar testa — sequei as lágrimas que insistiram em cair, o que fez Roberval se assustar.
— o que aconteceu cara? Algo com a Melissa?
— minha pequena testa, minha Nicole.
— pelo amor de Deus cara, o que houve? Nunca te vi assim.
— eu preciso ir pra São Paulo. — me dei conta que se ficasse ali conversando não viraria nada, voltei para meu quarto, pegando tudo minhas coisas e jogando dentro da mala que havia trago.
— Luan se acalma cara, eu vou falar com a Arleyde.
— vai falar ainda? Você já devia ter falado Roberval, pelo amor de Deus, eu preciso voltar para São Paulo, eu ....
— se acalma cara — ele me sentou à força na cama — me conta o que está acontecendo. — expliquei em poucas palavras, e o mesmo saiu dali preocupado. Não deu 5 minutos, e Wellington entrou no quarto.
— Borá patrão?
— Luan, a Lele disse pra você cantar nem que seja umas 10 musicas, pra não dá quebra de contrato.
— Eu estou pouco me importando com quebra de contrato Roberval, mais que merda! Minha filha se encontra numa UTI, e vocês querem que eu faça um show? Eu não tenho cabeça pra show nenhum Roberval!
— Não precisa ser estupido também cara!
— claro que precisa — revirei os olhos respirando fundo — Negão, liga pro piloto, diz que vamos voltar pra São Paulo. — peguei minha mala — e você, Roberval — o olhei — manda a Arleyde pra casa do caralho se ela não entender também.
— Luan, não é assim cara! Temos compromisso!
— maior do que minha filha naquele maldito hospital não é, marca outro em alguma data próxima, no meu dia de folga, não me importo, eu vou pra São Paulo. — sai do quarto e o deixe lá, que se dane tudo também, minha mulher precisava de mim, minha família era mais importante que tudo, e todos nesse mundo.
— vai ficar tudo bem patrão — Wellington estava comigo dentro daquele táxi, em quanto seguíamos até o aeroporto.
— eu espero — suspirei colocando meu rosto entre as mãos, e deixei que minhas lágrimas caíssem, não queria pessimismo, mas já esperava pelo pior.
— Quer algo pra comer? Eu vou lá buscar em quanto você vai para o avião.
— não cara, eu só quero minha casa — peguei o remédio no bolso da michola para pingar no nariz.
Quanta tortura, do Rio para São Paulo não era uma viajem longa, mas meus pensamentos me torturavam, a única paz que encontrava era quando pedia para Deus cuidar da nossa menina, sabia que pneumonia era uma coisa grave, ainda mais para uma criança especial, igual à minha filha.
Narrado por Melissa.
— Melissa querida, levanta dai, não vai adiantar nada. — estava sentada no chão frio daquele enorme hospital, aquela maldita porta impedia que eu ficasse com minha filha, mas não sairia dali até obter notícias, ela havia sido levada para uma ala que me amedrontava e tanto.
— não sogra — funguei — eu quero entrar lá com a minha pequena, ela é muito indefesa, vão machuca-la, não vão cuidar dela como a merece — me levantei.
— a doutora já não disse que você só vai poder vê-la no horário de visitar amanhã, vem, vamos pra lá, Luan ligou, disse que está chegando. — ela me levou até a sala de espera — querida, estou ficando preocupada com você, não comeu nada, quer que eu vá buscar algo?
— não se preocupa sogra — fui até o bebedouro pegando um copo de água.
— Memis — Bruna apontou na porta do corretor e veio até nós. — como então as coisas por aqui.
— difíceis — suspirei. O tempo ali era torturante, o clima frio dali me causava arrepios, e eu me peguei pensando na minha filha, e me vi chorando novamente.
— chora querida, se alivia — ela se levantou — vou buscar algo para ela comer.
— eu fico aqui — Bruna sorriu forçada, e se sentou ao meu lado passando a mão em meus cabelos.
— amor — Luan apareceu pouco assustado ali, e mesmo chorando eu corri o abraçar.
— aí Luan — soluçava, uma parte boa era que agora eu estava em seus braços, e ele me daria paz.
— não fique assim querida, por favor, eu odeio vê-la assim.
— nossa menina, ela é tão novinha, e já sofre tanto, e eu sei que é culpa minha.
— claro que não amor, são os planos de Deus — ele beijou minha cabeça.
— se eu não tivesse feito o que fiz antes — o olhei, e sabia que ele havia chorado. Seus olhos negros(e vesgos 😂💁🏼) o denunciava. — aí amor, se eu tivesse a aceitado antes — as lágrimas caia como chuvas de verão, frequente e dolorosa a alguns pontos de vistas. — Deus deve está me castigando, eu sei que mereço, mas preferia eu ali, ou morta ...
— não diga besteiras por favor — ele selou nossos lábios em um beijo rápido — na alegria e na tristeza, na saúde e da doença, lembra? — ele tentou secar um pouco de minhas lágrimas, o que era em vão, e eu o abracei forte, afundando meu rosto em seu peito.
Suspirei fundo, na tentativa de sentir o seu perfume, mas acabei sentindo um perfume doce, fragrância feminina. 212, eu o conhecia.
— am, querido — o olhei com os olhos cheios de lágrimas — você encontrou com alguém?
— eu? — ele começou a nuca. — na... Não.
— não minta para mim — a lágrima escorreu de meus olhos e eu as limpei — você encontrou quem?
— não fiquei assim — ele fez carinho em meu rosto — aqui não é local, depois conversamos disso.
— só não minta pra mim — encostei novamente a cabeça em seu peito — e não me abandone, por favor, eu preciso tanto de você.
— eu não posso, não quero, e nem vou querida. Eu te amo.
Notas da autora.
A Luan, mal você sabe o quanto você a acalma. O porto seguro, a calmaria depois de uma longa chuva. Nicole, tão pequena, por que sofrer tanto? Ninguém sabe, mas você só vai mostrar o quando Luan e Melissa se amam, o quanto eles são fortes.
- Natália de Andrade.
Nath que história linda ♥ me emociono a cada capitulo novo
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirChorosa depois desse capítulo
ResponderExcluirQue tudo fique bem
Continuaaaa
Continuaaa!
ResponderExcluirNatalia! Eu amei...
ResponderExcluirNem parece que foi a pessoa chata é cruel que eu conheço que escreveu isso.